domingo, 8 de março de 2009

Vida de carteiro




Há quase cinco meses em nova profissão e nova cidade já vivi situações no mínimo curiosas. Para quem não sabe, o Paulo Xaparral que era relojoeiro agora é carteiro. Ou melhor, sou Agente de Correios, função: Distribuição e Coleta. Mudou apenas o nome, mas o trabalho do carteiro ainda é a mesmo.

Como é de costume contarei milagres, mas não o nome dos santos. Sempre que acontecer algo interessante, vou postar aqui, e na medida do possível vou explicando alguns pormenores da profissão.

Segunda feira, sentado no bar curtindo uma loira gelada pós expediente, eis que uma mulher cumprimenta meus colegas e a mim e faz o seguinte comentário, esse moço é bravo. Isso porque, na semana passada ao passar em seu local de trabalho, ela se recusou, de forma até grossa, a receber um objeto registrado alegando que não era para o setor em que trabalha, etc. Eu apenas fui direto e perguntei quem poderia receber, ao que a companheira de trabalho dela me indicou a pessoa.

Objeto registrado é todo aquele, pequeno ou grande, sedex ou não, em que a pessoa tem que colocar o nome completo, podendo abreviar o nome do meio, e por vezes o número do R.G. ou de qualquer documento com foto, que possa provar que a pessoa é maior de 18 anos.

Essa semana, um calor terrível na cidade da amizade, assim como é conhecida Brotas, e temos que ter uma paciência além da necessária. Ao entregar um objeto registrado em uma casa aconteceu algo curioso. Bati palmas e anunciei minha presença, ao que a moradora me indaga, você espera eu atender o telefone? De bate pronto respondi que não. Hum, nem imaginava a confusão que acabava de me meter. Vem ela, receber o objeto e já dizendo, que os outros carteiros são legais, que eles esperam e que eu era chato opr não esperar. Hum, eu já respondi, tentando explicar, que não tenho obrigação de esperar ninguém ao telefone, que tinha muito a fazer. Ela ficou mais irada ainda, e de chato, passei a ser mal educado, e ainda recebi a boa notícia que ela ligaria na agência para reclamar da minha falta de educação, da minha grosseria.

Interessante, ela na sombra, eu na rua embaixo de sol e por não espera-la atender o telefone fui considerado sem educação. E não é que a pessoa foi até a agência fazer a reclamação?

Pra entregar um objeto registrado o tempo médio é de 1 minuto e 20 segundos.

Da próxima vez, vou concordar, porém, esperar hein... tá fácil!

Um comentário:

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